terça-feira, 31 de maio de 2011

Mais da metade dos empregadores não conseguem preencher vagas

Motorista, operário, secretária, assistente administrativo, representante de vendas, mecânico e técnicos são profissionais em falta no mercado.

O estudo da empresa de Recursos Humanos, Manpower, identificou que 57% dos empregadores têm dificuldade para preencher a vaga. “Estão pedindo muito mais habilidade do que pediam no passado. Hoje no mercado as pessoas têm competências mais básicas”, explica Márcia Almstrom, diretora de RH.
Motorista, operário, secretária, assistente administrativo, representante de vendas, mecânico e os técnicos estão em falta. André tem 25 anos e está procurando emprego na área de eletrônica há seis meses. Ele tem a formação que as empresas procuram, faz as entrevistas, mas não é chamado depois por falta de formação.
“Existem alguns órgãos públicos que permitem as atualizações, existem órgãos públicos que ele pode procurar que tem cursos na área”, avisa Wesley Nunes Lima, analista de RH.
A solução para a falta de experiência também tem solução. Um caminho é começar pelo trabalho temporário. Geralmente, nesse caso, as empresas não exigem tanta experiência e algumas até treinam o funcionário.
As empresas realmente estão exigindo mais. O motorista, que a pesquisa identificou que está tão em falta hoje, não pode só dirigir bem e conhecer os melhores caminhos, tem que dominar a tecnologia, como o GPS e outros sistemas.
Em Minas Gerais, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga, dezoito mil e duzentos caminhões estão parados nos pátios por falta de motoristas qualificados. Um problema que afeta principalmente os setores de mineração, siderurgia, combustíveis e agronegócios, já que eles dependem do transporte rodoviário para escoar a produção.
O déficit de motoristas no estado chega a 60 mil. Numa empresa de Belo Horizonte existem dez vagas, mas os candidatos que chegam não sabem operar os veículos que são automatizados. A transportadora oferece treinamento, mesmo assim não consegue completar o quadro de funcionários.
Para se antecipar às exigências e às mudanças na sua área pesquise. “Um motorista muito bem qualificado tira de quatro mil e quinhentos a seis mil reais tranquilamente”, afirma um funcionário. 
“Procure estar em contato com revistas e publicações do seu segmento. Existem muitos encontros de classes onde você acaba desenvolvendo uma ou outra habilidade”, avisa Márcia Almstrom, diretora de RH.
Na hora de competir por um emprego, talento é um dos principais pontos para diferenciar um candidato do outro. Ele pode ser determinante para a contratação. Mas afinal, que talento é esse que as empresas tanto procuram? “Talento é você entregar o algo mais do que é previsto na sua função. A gente identifica talento, muito pelas habilidades e pelas características pessoais que se somam a sua função técnica”, afirma a diretora de RH.
Saber trabalhar em equipe, ouvir o colega, mostrar interesse em aprender e até dar soluções para problemas da empresa demonstram que o profissional é talentoso. Já na entrevista de emprego você consegue convencer o empregador que tem esse "algo mais". “Hoje em dia o desafio é encontrar as pessoas que vão fazer a diferença nas organizações”, conclui Márcia Almstrom.

Fonte:G1

2 comentários:

  1. Patrícia Cristiane Pereira
    1º ciclo, ADM, Cosmópolis

    Atualmente as empresas querem um funcionário que faça a função dele e algo a mais, ou seja, que o chefe seja surpreendido pelo funcionário.
    Se você faz a sua função, você é um bom funcionário, se você faz além dela, você é um ótimo funcionário.
    Mas nem sempre estamos qualificados para tudo isso. Por isso é importantíssimo hoje em dia, estar sempre atualizado, se não, você está pra fora do mercado de trabalho.
    Por exemplo, antigamente havia a pessoa que ficava puxando a alavanca de elevadores, com a "evolução", essa função não existe mais. Mas, se ele tivesse se especializado, ele poderia ser o técnico do elevador...O bóia-fria que se especializar pode manobrar as máquinas que atualmente cortam a cana.

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  2. Felipe 1° ciclo ADM Trajano Camargo Cosmópolis

    O que acontece atualmente é que as empresas querem um funcionário "bombril" que serve pra tudo ou quase tudo. Este tipo de funcionário é visto com bons olhos pelas empresas principalmente se for qualificado.
    O mercado de trabalho quer técnicos qualificados a atuarem, os especialistas muitas vezes ficam de fora.
    Fazendo uma analogia: por exemplo na medicina, se uma pessoa sente dores no peito e vai ao médico e faz uma consulta com um Clínico Geral, que entende de tudo um pouco, ele não vai conseguir diagnosticar qual é exatamente o problema, a causa da dor, então vai encaminhar esta pessoa a um Cardiologista que é um especialista no assunto, ou seja, o Clínico Geral pode até entender, mas, não é capaz de resolver.
    Numa empresa temos que ser especialistas em determinada função e ser capaz de realizar outras, talvez assim nunca ficaremos desempregados.

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